LITERATURA BRASILEIRA
Textos literários em meio eletrônico
Soneto de José Basílio da Gama
Edição de referência:
Obras Poéticas de Basílio da Gama, org. de Ivan Teixeira.São Paulo: EDUSP, 1996.
IV
SONETO
AO MESMO REI
NO DIA FELIZ DA INAUGURAÇÃO DO COLOSSO REAL
Quando Alexandre entrou na Tenda Real de Dario com Efestião seu valido ao lado, Sisigambis Rainha Mãe saudou a Efestião, tomando-o por Alexandre. Advertida do engano, pediu perdão ao Rei, que lhe respondeu magnanimamente:Não erraste, que este também é Alexandre.
Quinto Curtio, Liv. III
Domador do Bucéfalo arrogante,
Alexandre, ou quem és? Por mais que estude,
Fácil não é que de conceito mude,
Vendo a teus pés o Índico Elefante.
O PAI DA PÁTRIA soa lá distante
A abóbada do Templo da Virtude:
PAI DA PÁTRIA responde em língua rude
A América emplumada, o fusco Atlante.
Reconheço a JOSÉ. POMBAL eu vejo,
Que a Coroa na testa lhe sustinha.
Reverente me inclino, e o Cetro beijo.
Na mão o Cetro de ouro ao REI convinha:
Ou entre o Efestião, e o REI do Tejo,
Quem se enganasse bem desculpa tinha.
Núcleo de Pesquisas em Informática, Literatura e Lingüística