LITERATURA BRASILEIRA
Textos literários em meio eletrônico
Obra Poética de Gregório de Matos
Edição de Referência:
Obra Poética, de Gregório de Matos, 3ª edição,
Editora Record, Rio de Janeiro, 1992.
A N. SENHORA DO ROSÁRIO EM HUMA ACADEMIA QUE FÊZ O POETA.
AO MESMO ASSUMPTO AUSPICIANDO À AULA BOM SUCESSO.
A HUA FONTE QUE NASCEO MILAGROSAMENTE AO PÉ DE HUMA CAPELLA DE N. SENHORA DAS NEVES NA FREGUEZIA DAS AVELÃAS.
OUVINDO O POETA CANTAR NO MESMO CONVENTO A DONA MARIA FREYRA DE VEO BRANCO A QUEM TOCAVA RABECÃO SUA IRMÃA DONA BRANCA, DONA CLARA OUTRO INSTRUMENTO.
EM OCCASIÃO DE FÉRIAS PASSOU O POETA À VIANNA, E ALI VIO HUMA PROCISSÃO, EM QUE POR UZO ANTIGO APPARECIA A MORTE ADORNADA COM PATAS, PESSAS DE OURO, E MUYTOS CAYXOS DE UVAS VERDES, LEVANDO OUTRO SI EM FIGURA DE SAM CHRISTOVÃO HUMA ESTATUA DE PAPELÃO VESTIDA DE BAETA VERDE, E MOVIDA POR HUM MARIOLLA COMO COSTUMÃO NA PROCISSÃO DE CORPUS IR OS GIGANTES.
RETRATO DE HUMA DAMA EM METHAFORICAS DOUTRINAS, QUE SE DÃO À UM PAPAGAYO. ESTE FEZ SENDO ESTUDANTE.
A MORTE DA EXCELENTISSIMA PORTUGUEZA D. FELICIANA DE MILÃO RELIGIOSA DO CONVENTO DA ROSA.
NICOLAO DE TAL PROVEDOR DA CASA DA MOEDA EM LISBOA, QUE SENDO BEM VISTO D´EL REY DOM PEDRO II ENCONTRAVA OS REQUERIMENTOS DO POETA: O QUAL ENFADADO DAS SUAS DEMAZIAS LHE SACODIO O CAXEYRO DESTA SÁTIRA.
Portugal, Portugal, és um sandeu
MOTE
A mais formosa, que Deus.
Eu com duas Damas vim
de uma certa romaria,
uma feia em demasia,
sendo a outra um Serafim:
e vendo-as eu ir assim
sós, e sem amantes seus,
lhes perguntei, Anjos meus,
que vos pôs em tal estado?
a feia diz, que o pecado,
A mais formosa, que Deus.
A N. SENHORA DO ROSÁRIO EM HUMA ACADEMIA
Fragrante Rosa em Jericó plantada,
Como a lua formosa, e esclarecida,
Como o sol entre todas escolhida,
E como puro espelho imaculada.
Virgem antes dos séculos criada
Para Mãe do supremo Autor da vida,
Para fonte de graça dirigida,
E de toda a desgraça reservada.
Pois a vosso rosário se dedica
Esta academia, em que tanto acerta,
Consagrando-se a vós, divina Rosa:
Claro, patente, e manifesto fica,
E conclusão é sem falência certa,
Que do mundo há de ser mais gloriosa.
AO MESMO ASSUMPTO AUSPICIANDO À AULA BOM SUCESSO.
Oh que de rosas amanhece o dia!
Porque entre rosas nos madruga a Aurora,
Trazendo em braços esse sol, que agora
Novo ser dava ao sol da academia.
E vós do norte estrela, a todos guia
Sede com rosas tantas protetora
Deste jardim, pois sendo a melhor flora,
Sem elas, e sem vós mal parecia.
Aula gentil, divinos resplandores
Raio a raio lograis, que a luz mais bela
De Maria vos dá mais superiores.
Oh quanto brilhareis! quando Deus nela
Soube recopilar com tais primores
Entre rosas o Sol, Aurora, e Estrela.
A HUA FONTE QUE NASCEO MILAGROSAMENTE AO PÉ DE HUMA CAPELLA
DE N. SENHORA DAS NEVES NA FREGUEZIA DAS AVELÃAS.
Desse cristal, que desce transparente,
Nesse aljôfar, que corre sucessivo,
Desce a nós o remédio compassivo,
Corre a nós o desejo diligente.
De vosso ser lhe nasce o ser corrente,
Manancial de graças sempre vivo,
Que geralmente assim distributivo
Tanta prata nos dá liberalmente.
Porém, Virgem das Neves, se sois Fonte,
Como enfim nos cantares se descreve,
E se sois sol, suposto o sol se afronte:
Esta fonte, Senhora, a vós se deve;
Mas que muito, que estando o sol no monte,
Nos dê no vale derretida a neve.
OUVINDO O POETA CANTAR NO MESMO CONVENTO A DONA MARIA
FREYRA DE VEO BRANCO A QUEM TOCAVA RABECÃO SUA IRMÃA
DONA BRANCA, DONA CLARA OUTRO INSTRUMENTO.
Clara sim, mas breve esfera
ostenta em purpúreas horas
as mais breves três auroras,
que undoso o Tejo venera:
tantos raios reverbera
cada qual, quando amanhece,
nas almas, a que aparece,
que não foi muito esta vez,
que sendo as auroras três,
pela tarde amanhecesse.
Clara na brancura rara,
e de candidezes rica,
com ser Freira Dominica,
a julguei por Freira Clara:
tanta flor à flor da cara
dada em tão várias maneiras,
que entre as cinzas derradeiras
jurou certa Mariposa
as mais por Freiras da Rosa,
Clara por rosa das Freiras.
Branca, se por vários modos
airosa o arco conspira,
inda que a todos atira,
é Branca o branco de todos:
mas deixando outros apodos
dignos de tanto esplendor,
vibrando o arco em rigor
parece em traje fingido
Vênus, que enfim a Cupido
atirar setas de amor.
Maria a imitação
por seu capricho escolheu
ser Freira branca no véu,
já que as mais no nome o são:
e em tão cândida união
co'as duas Irmãs se enlaça,
que jurada então por Graça,
chove-lhe a graça em maneira,
que sendo a Graça terceira,
não é terceira na graça.
Entoando logo um solo
em consonância jucunda
prima, terceira, e segunda
a lira formam de Apolo:
vaguei um, e outro Pólo,
mas foi diligência vã,
porque a cara mais louçã
cotejando-a nas brancuras
co'as três Irmãs formosuras,
não vi formosura irmã.
Vendo tão novos primores
para um retrato adorar-vos,
trataram de retratar-vos
estes meus versos pintores:
e metendo já de cores
essas vossas luzes puras
em três métricas pinturas,
ficam de muito emendados
meus versos os retratados,
e não vossas formosuras.
EM OCCASIÃO DE FÉRIAS PASSOU O POETA À VIANNA, E ALI VIO HUMA
PROCISSÃO, EM QUE POR UZO ANTIGO APPARECIA A MORTE ADORNADA COM
PATAS, PESSAS DE OURO, E MUYTOS CAYXOS DE UVAS VERDES, LEVANDO
OUTRO SI EM FIGURA DE SAM CHRISTOVÃO HUMA ESTATUA DE PAPELÃO
VESTIDA DE BAETA VERDE, E MOVIDA POR HUM MARIOLLA COMO COSTUMÃO
NA PROCISSÃO DE CORPUS IR OS GIGANTES.
Por sua mão soberana
Deus, que é Pai de piedade,
Livre a toda a cristandade
da má Morte de Viana:
em vez de morte é pavana
morte composta de asneira,
porque tirar da parreira
quantas uvas vai brotando,
para lhas ir pendurando,
é morte de borracheira.
Ornar a morte a meu ver
de patas, por mais campar,
é querê-la namorar
por falta de outra mulher:
homens, que têm tal prazer,
que enfeitam toda uma ossada
de patas, e alfinetada,
é gente, que sem disputa
pertende em trajes de puta
dormir a morte enfeitada.
Isto de morte com patas,
e com uvas até os pés
(como disse um Vianês)
livre está de pataratas:
há gentes tão mentecaptas,
que se ocupam a enfeitar,
a quem os há de matar,
e lhe ponham todo o ouro
sem temer, que isto é agouro,
de que a morte os vem roubar.
Gente, que folga de ver
uma caveira enfeitada,
está é a morte folgada,
que em menmo ouvi dizer:
mas não me pode esquecer
asneira tão alta, e forte,
de uns bárbaros de má sorte,
e umas gentes insensatas,
que pondo a morte de patas,
cuidam, que empatam a morte.
Se Viana nisto dá
por fazer à morte festa,
convenho, que gente é esta,
que até a morte guardará:
mas que São Cristóvão vá
em charola de vaqueta
com coração de baeta,
e verde por mais decoro,
aqui se perde Isidoro
raivoso sobre alegrete.
RETRATO DE HUMA DAMA EM METHAFORICAS DOUTRINAS, QUE SE
DÃO À UM PAPAGAYO. ESTE FEZ SENDO ESTUDANTE.
“Como estais, Louro" diz Fílis
a um Papagaio, que ensina
Louro como este cabelo
onde sempre o ouro brilha.
"Toca, Papagaio, toca."
Não toco em testa tão linda,
que sem ter pedra de toque,
conheço ser pedra fina.
"Quem passa, Louro quem pa
Passa amor com alegria
por esses arcos triunfantes
feito cego, e cachorrinha.
"Dizei o ré mi fá sol."
Sempre o sol nessas safiras
com raios anda abrasando,
com frechas tirando vidas.
"Correi, comadre, correi"
vereis rosas, clavelinas,
jasmins, cravos, açucenas,
nesse belo rosto unidas.
"Outro, Papagaio, outro."
Cousa impossível seria
achar um nariz como esse,
se não for por maravilha.
"Vá, Papagaio real."
Real é essa boquinha,
a quem Tiro paga grátis
pérolas, e margaritas.
"Para Portugal" dizei.
Para Portugal é dita
ver essa barba engraçada
madrepérola em conchinha.
"Dá comer ao Papagaio."
Antes eu, Senhora minha,
na neve dessa garganta
com regalo beberia.
"Dai cá o pé, meu Loutinho."
Isso fora grosseria,
que pusesse eu o meu pé
numas mãos tão cristalinas.
"Corrido vai." Isso é certo,
que corrido ficaria
quem desse peito quisesse
colher as maçãs tão ricas.
"Tiro lico tico, ré fá."
Isso são duas cousinhas,
que nos pés andam em breve
só com uma cifra escritas.
Dizei “Tabaréu, réu, réu."
Manda Amor, que não prossiga,
porque não sou em colon
para descobrir tais índias.
Falou como um Papagaio
o Papagaio este dia:
eu falei como Estorninho,
Fílis qual Pega, ou Corica.
A MORTE DA EXCELENTISSIMA PORTUGUEZA D. FELICIANA
DE MILÃO RELIGIOSA DO CONVENTO DA ROSA.
Ana, felice foste, ou Feliciana,
Que só por ver com Deus teu sprito unido
Te desunes de um corpo, que eu duvido,
se é corpo, ou se matéria soberana.
Hoje, que habitas gloriosa, e ufana
Esse reino de luz, que hás merecido,
Não te espantes de um choro enternecido,
Que de meus saudosos olhos mana.
Pois já descansa em paz, e já repousa
Tua alma venturosa, e a branda terra
Te guarda o sono, que romper não ousa;
Peregrino, o temor hoje desterra,
Chega, e dize ternuras a essa lousa,
Que tão religioso corpo encerra.
NICOLAO DE TAL PROVEDOR DA CASA DA MOEDA EM LISBOA, QUE SENDO
BEM VISTO D'EL REY DOM PEDRO II ENCONTRAVA OS REQUERIMENTOS DO
POETA: O QUAL ENFADADO DAS SUAS DEMAZIAS LHE SACODIO O CAXEYRO
Marinículas todos os dias
O vejo na sege passar por aqui
Cavalheiro de tão lindas partes
Como verbi gratia Londres, e Paris.
Mais fidalgo que as mesmas estrelas,
Que às doze do dia viu sempre luzir,
Porque o Pai, por não sei que desastre
Tudo, o que comia, vinha pelo giz.
Peneirando-lhe os seus avolórios
É tal a farinha do Ninfo gentil,
Que por machos é sangue Tudesco,
Porém pelas fêmeas humor meretriz.
Um Avô, que rodou esta Corte
Num coche de a quatro de um D. Bleaniz,
Sobre mulas, foi tão atrativo,
Que os senhores todos trouxe após de si.
Foi um grande verdugo de bestas,
Que com um azorrague, e dous borzeguins
Ao compás dos maus passos, que dava,
Lhes ia cantando o lá sol fá mi.
Marinículas era muchacho
Tão grão rabaceiro de escumas de rim,
Que jamais para as toucas olhava,
Por achar nas calças melhor fraldelim.
Sendo já sumilher de cortina
De um sastre de barbas saiu aprendiz,
Dado só às licões de canudo
Rapante da espécie de pica viril.
Cabrestilhos tecendo em arame
Tão pouco lucrava no pátrio País,
Que se foi, dando velas ao vento,
Ao reino dos servos, não mais que a servir.
Lá me dizem, que fez carambola
Com certo Cupido, que fora daqui
Empurrado por umas Sodomas
No ano de tantos em cima de mil.
Por sinal, que no sítio nefando
Lhe pôs a ramela do olho servil
Um travesso, porque de caveira
A seus cus servisse aquele âmbar gris.
Mordeduras de perro raivoso
Com pêlo se cria do mesmo mastim,
E aos mordidos do rabo não pode
O sumo do rabo de cura servir.
Tanto enfim semeou pela terra,
Que havendo colhido bastante quatrim,
Resolvendo-se a ser Piratanda,
Cruzou o salobre, partiu o Zenith.
Avistando este nosso hemisfério
Colou pela barra em um bergantim,
Pôs em terra os maiores joanetes,
Que viram meus olhos depois que nasci.
Pertendendo com recancanilhas
Roubar as guaritas de um salto sutil,
Embolsava com alma de gato
A risco do sape dinheiro do mis.
Senão quando na horta do Duque
Andando de ronda um certo malsim,
Estremando-lhe um cão pexilingre
O demo do gato deitou o ceitil.
Marinículas vendo-se entonces
De todo expulgado sem maravedim,
Alugava rapazes ao povo,
Por ter de caminho, de quem se servir.
Exercendo-os em jogos de mãos
Tão lestos andavam do destro Arlequim
Que se não lhes tirara a peçonha
Ganhara com eles dous mil potosis.
A tendeiro se pôs de punhetas,
E na tabuleta mandou esculpir
Dous cachopos, e a letra dizia
Los ordeñadores se alquilan aqui.
Tem por mestre do terço fanchono
Um pajem de lança, que Marcos se diz,
Que se ao rabo por casa anda dele,
O traz pelas ruas ao rabo de si.
Uma tarde, em que o Perro celeste
Do sol acossado se pôs a latir,
Marinícula estava com Marcos
Limpando-lhe os moncos de certo nariz.
Mas sentindo ruído na porta,
Adonde batia um Gorra civil,
Um, e outro se pôs de fugida
Temiendo los dientes de algum Javali.
Era pois o Baeta travesso,
Que se um pouco dantes aportara ali,
Como sabe latim o Baeta,
Pudiera cogerlos en un mal Latim.
Ao depois dando dele uma força
Às alcoviteiras do nosso confim,
Lhe valei no sagrado da Igreja
O nó indissolúvel de um rico Mongil.
Empossado da simples consorte
Cresceu de maneira naqueles chapins,
Que inda hoje dá graças infindas
Aos falsos informes de quis quid vel qui.
Não obstante pagar de vazio
O santo Himeneu o pícaro vil,
Se regala a ufa do sogro
Comendo, e bebendo como um Muchachim.
Com chamar-se prudente com todos,
Que muitos babosos o têm para si,
Ele certo é o meu desenfado,
Que um tolo prudente dá muito que rir.
É dotado de um entendimento
Tão vivo, e esperto, que fora um Beliz,
Se lhe houvera o juízo ilustrado
Um dedo de Grego, com dous de Latim.
Entre gabos o triste idiota
Tão pago se mostra dos seus gorgutiz,
Que nascendo sendeiro de gema,
Quer à fina força meter-se a rocim.
Deu agora em famoso arbitrista,
E quer por arbítrios o bruto Malsim,
Que o vejamos subir à excelência,
Como diz, que vimos Montalvão subir.
Sendo pois o alterar da moeda
o assopro, o arbítrio, o ponto, e o ardil,
De justiça (a meu ver) se lhe devem
as honras, que teve Ferraz, e Soliz.
Dêem com ele no alto da forca,
Adonde o Fidalgo terá para si,
Que é o mais estirado de quantos
Beberam no Douro, mijaram no Rhim.
Seu intenvo é bater a moeda,
Correrem-lhe gages, e ser Mandarim,
Porque andando a moeda na forja
Se ri de Cuama, de Scena, e de Ofir.
Sempre foi da moeda privado,
Mas vendo-me agora Senhor, e Juiz,
Condenando em portais a moeda
Abriu às unhadas porta para si.
Muito mais lhe rendeu cada palmo
Daquela portada, que dous potosis.
Muito mais lhe valeu cada pedra,
Que vale um ochavo de Valladolid.
Pés de pugas com topes de seda,
Cabelos de cabra em pós de marfim,
Pés, e pugas de rir o motivo,
Cabelos, e topes motivos de rir.
Uma Tia, que abaixo do muro
Lanções esquarteja, me dizem, que diz,
Sua Alteza (sem ver meu Sobrinho)
A nada responde de não, ou de sim.
Pois a Prima da Rua do Saco
Tão bem se reputa de todos ali,
Que a furaram como valadouro
Para garavato de certo candil.
Outras Tias me dizem, que tinha
Tão fortes galegas, e tão varonis,
Que sobre elas foi muita mais gente
Que sobre as Espanhas no tempo do Cid.
Catarina conigibus era
Uma das Avós da parte viril,
Donde vem conicharem-se todos
As conigibundas do tal generiz.
Despachou-se com hábito, e tença
por grandes serviços, que fez ao sofi,
em matar nos fiéis Portugueses
De puro enfadonho três, ou quatro mil.
E porque de mecânica tanta
Não foi dispensado, tenho para mim,
Que em usar da mecânica falsa
Se soube livrar da mecânica vil.
É possível que calce tão alto
A baixa vileza de um sujo escarpim,
Para o qual não é água bastante
A grossa corrente do Guadalquebir?
Marinículas é finalmente
Sujeito de prendas de tanto matiz,
Que está hoje batendo moeda,
Sendo ainda ontem um vilão ruim.
Núcleo de Pesquisas em Informática, Literatura e Lingüística
Apoio
CNPq / CAPES
UFSC / PRPG