Rita Barém de Melo


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  • COUTINHO, Afrânio; SOUSA, José Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional; Academia Brasileira de Letras, 2001. 2 v. ISBN 8526007238
  • BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento. Diccionario Bibliographico Brazileiro. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1893. 7 v.

Source: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rita_Barém_de_Melo

Rita Barém de Melo (Porto Alegre, 30 de abril de 1840 — Rio Grande, 27 de fevereiro de 1868) foi uma poetista brasileira. Filha de João Pedro Freire Barém e Severina Augusta, seu pai foi comerciante e funcionário público, mas tinha poucos recursos, e tendo muitos filhos, não pôde dar-lhes senão uma educação primária. Não obstante Rita Barém foi uma leitora ávida e cedo revelou-se como um talento literário. Com 17 anos casou-se com José Correia de Melo, com quem teve dois filhos, ambos falecidos com menos de um ano. Segundo Caldre e Fião, que a conheceu pessoalmente, levou uma vida atribulada, e a perda do segundo filho imprimiu-lhe uma permanente nota de melancolia, mas "teve a força d'alma de se fazer notar pela agudeza do seu espírito, pela clareza de sua razão". Faleceu precocemente.Promovia saraus literários, publicou o livro Lira dos 15 anos em 1855 e foi colaboradora das revistas O Guayba e Atualidade, os primeiros periódicos literários da província, assinando seus poemas com o pseudônimo Jurity, recolhidos no volume Sorrisos e prantos, publicado postumamente em 1868. Embora em parte presa às convenções da época, muitas vezes se desvia, tanto na forma como na expressão e na temática, do programa domesticado pela sociedade sulina fortemente tradicionalista e patriarcal, que concebia a poesia feminina tipicamente como um entretenimento leve e sentimental, abordando aspectos do cotidiano, da subjetividade feminina, do amor e do patriotismo, geralmente com um lirismo romântico intenso, vigoroso e musical, mas também com passagens de uma objetividade crítica, deixando um legado qualificado. Segundo Cícero Lopes, deixou ainda "poemas que apontam a preocupações sociais referentes às camadas sociais, que viriam à baila com o condoreirismo. Nesse sentido, antecede a produção castralvina, considerando que Os escravos saiu em 1876. [...] Além dos franceses Lamartine, Alexandre Dumas e Victor Hugo, observam-se em sua obra leituras de poetas portugueses, Camões, Garret, Herculano e outros. Foi leitora perspicaz também de seus contemporâneos brasileiros, como Álvares de Azevedo, Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu, além do gaúcho Félix da Cunha".Na análise de Ana Aquino da Silva et alii, "a sua poesia não se resume a descrever estados emocionais da alma em que o Eu lírico apenas sofre pela pessoa amada. Seus versos revelam o amor em suas nuanças subjetivas, mas, contudo, tocando a realidade. A poesia de Rita Barém de Melo é rica e seria empobrecê-la se relegássemos seus escritos a interpretações meramente circunscritas aos ditames do que se consolidou como saber do período romântico no Brasil. Os poemas trazem o olhar de uma escritora mulher sobre esses temas e nesse sentido também apresenta algo novo: um jeito de falar de amor, de construir poesia e falar sobre sentimentos. [...] Apesar de ter sido extremamente importante para a literatura do período do romantismo a poetisa não recebeu a merecida atenção da crítica e da historiografia literária sulina". Para Walter Spalding ela foi "uma das expressões mais perfeitas e elevadas da poesia feminina", e segundo Donaldo Schüler, "não lhe faltam momentos em que se coloca à altura do que de melhor se produziu, em poesia, no Brasil". Em 1955 a Câmara Municipal de Porto Alegre aprovou a denominação de uma rua com seu nome. É patrona da cadeira 32 da Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul.

TitleGenreYear
Beginning yearEnding yearDescription
18521852Inauguraçao das primeiras linhas telegráficas do Brasil
18611861Brasil e Inglaterra rompem relações diplomáticas
18611861O Paraguai declara guerra ao Brasil - Solano Lopes invade o Mato Grosso
18651870Guerra do Paraguai
18351845Período Regencial: Revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul
18401840Golpe da Maioridade de D. Pedro II
18421842Revolução Liberal em São Paulo e Minas Gerais
18481848Rebelião Praieira em Pernambuco
18501850A Lei Eusébio de Queiroz extingue o tráfico negreiro
18311840Período Regencial no Brasil
18541854Inauguração da primeira estrada de ferro do Brasil
18671867Inauguração da estrada de ferro Santos-Jundiaí
18551855Início da carreira literária de Machado de Assis
18401889Segundo Reinado - D. Pedro II governa o Brasil
18501870Apogeu do Império no Brasil
18481848Publicação do Manifesto Comunista
18571857Cultura: Flaubert publica Madame Bovary
18591859Ciência: Darwin lança A Origem das Espécies
18641865Guerra contra Aguirre, do Uruguai
18451845Morse inventa o telégrafo elétrico
18501850Criação da província do Amazonas
18511852Conflito: Guerra contra Rosas e Oribe
18611865Guerra da Secessão nos Estados Unidos
18671867Publicação de "O Capital", de Carl Marx
18501850Inauguração da linha de vapores do Rio de Janeiro para a Europa
18611861Rompimento de relações entre Brasil e Inglaterra (Questão Christie)
18411841Os governos de Buenos Aires e britânico firmam um tratado contra o tráfico de escravos
18411841El Salvador se constitui em república unitária e independente das outras repúblicas da América Central
18431843Começa o estado de sítio de Montevidéu, com as tropas do Governo de Rosas
18521852Conflito: Batalha de Monte Caseros (Argentina). General Urquiza derrota o presidente Rosas
1857185708/03 - ataque incendiário da polícia causa morte de 129 operárias americanas, na fábrica Cotton, em Nova York. Na data, foi instituído o Dia Internacional da Mulher.
18441844Segundo Reinado: D. Pedro II anistia os líderes da revolução de 1842


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