jornalista, poeta, diplomata. Segundo o DGLAB: "Jornalista, poeta, crítico literário e tradutor. Entre 1874 e 1880 colaborou no Jornal da Noite, tendo várias vezes substituído António Augusto Teixeira de Vasconcelos na sua direcção literária. São de sua autoria os poemas «Leviathan» e «Ignotae Deae», aí publicados. Um longo poema intitulado «A poesia moderna» foi publicado sob o pseudónimo Iriel, em 1877, na Revista Literária, do Porto. É ainda com poesia que colabora na Revolução de Setembro, no Diário da Manhã, no Diário de Notícias e na Revista de Coimbra. É com o pseudónimo de Oberon que em 1880 colabora na secção «Crítica dramática» do Diário de Portugal e na «Secção teatral» do Economista, ao passo que na Folha Nova, do Porto, retoma o pseudónimo de Iriel. Foi também cronista do Jornal de Domingo e do Pantheon. Além da sua produção poética – que nessa qualidade figura ao lado de toda uma galeria de versejadores inspirados mais pela retórica de raiz parnasiana do que por um verdadeiro sentido poético –, Jaime de Séguier publicou também contos, nas revistas O Ocidente e Arte, e traduziu várias comédias, entre elas as que intitulou de O Desquite (traduzida de Chez l' avocat de P. Ferrier), em 1881, e Ramo de Lilases. Mas é, na verdade, pelo seu talento como cronista que os nossos historiadores da literatura conferem um lugar a Jaime de Séguier, tendo tido especial acolhimento as crónicas «Ver, ouvir e cantar» do Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro. Jaime de Séguier popularizou o seu nome como autor do Dicionário Prático Ilustrado, no género do Petit Larousse, com numerosas edições até hoje. Em 1882, a sua nomeação como cônsul de Portugal em Bordéus levou-o a abandonar a actividade literária. Seria também cônsul noutras cidades europeias, nessa missão tendo morrido em Paris.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. II, Lisboa, 1990
Source: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_de_Séguier
Jayme de Amorim Sieuve de Séguier (Barcelos, 26 de junho de 1860 — 7 de junho de 1932) foi um escritor português. Filho de Carlos da Silva de Séguier e de Maria Casimira de Amorim Soares de Séguier. Em Lisboa, colaborou em jornais e revistas como o «Jornal da Noite» ou o «Diário de Notícias», bem como no semanário Jornal do domingo (1881-1883), na Renascença (1878-1879?), e ainda em O Pantheon (1880-1881). Como escritor publicou, entre outras obras, «Alegros e Adágios» (1883), coletânea de poesias. Foi o autor do «Dicionário Prático Ilustrado» (Diccionário Prático Illustrado - Novo Diccionário Encyclopédico Luso-Brasileiro, título completo na ortografia original), publicado em 1910, em Portugal e no Brasil. Jayme de Séguier adota na primeira edição uma ortografia (e acentuação) em linha com muitas das regras que viriam a ser adotadas na Reforma Ortográfica de 1911. A obra, por vezes considerada uma tradução não oficial do dicionário francês Larousse, teve segunda e terceira edições em 1930 e 1946 e está na origem do «Dicionário Lello Prático Ilustrado», atualizado e aumentado por José Lello e Edgar Lello, cuja primeira edição é de 1952 e que, em 2009, foi adquirida pela Priberam, servindo de base para o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.
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